13/09/17

Opinião: "Neve Cega" de Ragnar Jónasson 

"Siglufjördur é uma pacata terra de pescadores, perdida no norte da Islândia, onde todos se conhecem e nem é preciso trancar as portas. Ari Thór Arason, um jovem polícia em início de carreira, é obrigado a deixar a sua vida em Reiquiavique e a mudar-se para essa terra inóspita, onde nada parece acontecer. 

Inesperadamente, dois eventos que não parecem ter qualquer ligação entre si perturbam a paz da vila. Uma jovem é encontrada semidespida na neve, ferida e inconsciente, e um velho e acarinhado escritor sofre uma queda mortal. Estes acontecimentos abrem caminho a uma investigação liderada por Ari.

As incessantes tempestades de neve, e a brutal avalanche posterior, acabam por isolar a vila e a investigação torna-se cada vez mais complexa, arrepiante e… pessoal. O polícia acaba traído por aqueles em quem confiou e, sobretudo, angustiado com o perigoso assassino que continua à solta. Quando o passado da vila é finalmente desenterrado, nada fica como antes nas vidas de Ari e dos habitantes de Siglufjördur."

Wook.pt - Neve Cega
Olá, livrólicos! Como estão?

Hoje foi o meu primeiro dia de aulas, mas, como basicamente tivemos apenas apresentações, esta tarde ainda tenho disponibilidade para pôr o blogue em dia e para vos trazer mais uma das minhas opiniões em atraso.

O livro de hoje é Neve Cega de Ragnar Jónasson. Este é o livro de estreia deste autor islandês, que entretanto já tem mais quatro livros publicados nesta série (Dark Iceland), sendo que o segundo, Nightblind, será publicado pela Topseller em outubro.

Mesmo antes do livro ser publicado em Portugal, já eu tinha ouvido falar dele e tenho de admitir que fiquei bastante curiosa! Afinal, policiais nórdicos são completamente a minha praia e tudo se torna mais negro com neve à mistura (estou consciente da contradição, mas quem já leu policiais nórdicos q.b. sabe do que falo hihihi)! 

Neste livro ficamos a conhecer a personagem principal desta série: Ari Thór Arason, um polícia novato que se muda de Reiquiavique para Siglufjördur devido a um trabalho que lá arranja. Não posso dizer que desgostei de Ari Thór; aliás, a sua convicção e o não desistir daquilo que acredita e dos seus instintos são, sem dúvida, pontos muito positivos na sua personalidade. A única coisa que me irritou um bocadinho nele foi relativamente aos seus sentimentos amorosos (não me quero alongar muito neste assunto para não dar spoilers, mas Ari Thór definitivamente que tem de pôr os sentimentos no lugar!).

Outro aspeto muito positivo no livro é que todas as personagens parecem ter algo a esconder, pelo que ficamos sempre indecisos quanto a saber se o segredo que escondem poderá ou não ter a ver com o que acontece nesta pequena cidade do norte da Islândia (ficamos também na dúvida se podemos ou não confiar nelas).

O único ponto negativo que tenho a apontar é o facto de ser um pouco difícil entrar na história, já para não falar de que até chegar à página 100/150 andei um pouco à nora para saber quem era quem: os nomes islandeses não são propriamente fáceis e o facto de as histórias das personagens serem muito semelhantes (muitos perderam familiares no mar e muitos emigraram para a Dinamarca) torna um pouco difícil o início do livro. Mas esse problema desaparece assim que começamos a conhecer melhor as personagens e a história. Para além disso, penso que nos próximos livros este problema já não será tão acentuado, uma vez que já conhecemos as personagens.

Assim, recomendo-vos que aproveitem este mês de setembro para lerem Neve Cega para em outubro poderem adquirir Nightblind! Não se vão arrepender!

Classificação: 4/5

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