08/04/17

Opinião: "Por Treze Razões" de Jay Asher

"Ao regressar das aulas, Clay Jensen encontrou à porta de casa uma estranha encomenda com o seu nome escrito, mas sem remetente. Ao abri-la descobriu sete cassetes com os lados numerados de um a treze. Graças a um velho leitor de cassetes, Clay é surpreendido pela voz de Hannah Baker, uma adolescente de dezasseis anos que se suicidara duas semanas antes e por quem estivera apaixonado. Na gravação, Hannah explica os treze motivos que a levaram a pôr fim à vida. Guiado pela voz de Hannah, Clay testemunha em primeira mão o seu sofrimento e descobre que os treze motivos correspondem a treze pessoas…"

Wook.pt - Por Treze Razões~
Bom fim de semana a todos!! Hoje venho trazer-vos a opinião da minha última leitura: Por treze razões de Jay Asher. Desde que a Netflix transformou este livro numa minissérie que Por treze razões tem andado cercado de um burburinho de críticas favoráveis (especialmente no Bookstagram, que foi onde ouvi falar dele pela primeira vez) e que foi a razão pela qual pedi este livro no Natal.

Entretanto, a minissérie começou e na quarta-feira (foi quando comecei o livro), quando estava a escolher um livro para ler, olhei para este e pensei: "Bem, as críticas têm sido excelentes e eu também quero começar a ver a série, por isso, porque não começar a lê-lo? Além disso, até é um livro relativamente pequeno!".

No entanto, e sei que isto vos vai desiludir, mas o livro desiludiu-me. Para começar, achei estranho o facto de Clay ser o narrador estando ele na lista de Hannah. Tudo bem, que qualquer um poderia ser, mas, na minha opinião, teria sempre mais lógica se fosse aquele com o segundo lote de cassetes a contar a história. E, sim, à medida que a história se desenrola vamos percebendo a ligação que existia entre Clay e Hannah e o porquê deste ser incluído na lista, mas no princípio achei confuso e só praticamente no final os nós se desatam e a história começa a ficar clara.

Também a história em si me deixa com sentimentos conflituosos. Se por um lado acho bastante interessante o tema do suicídio adolescente, por outro  fiquei sem perceber muito bem o porquê de Hannah se ter suicidado. Quer dizer, perceber, percebi, simplesmente me pareceu um pouco forçado o suicídio

Tenho de admitir que, apesar deste conflito com que a história me deixou, a forma como a história foi escrita agradou-me. Hoje em dia, a ideia da utilização de cassetes é tão pouco usual que até é estranho vê-la ser utilizada (como podemos ver pela dificuldade/estranheza que o próprio narrador sentiu quando viu pela primeira vez o que tinha pela frente). 

Também a escrita do autor, Jay Asher, me agradou, uma vez que é uma escrita fluída e fácil. Porém, ao princípio, torna-se um pouco difícil "desligar" da cassete para passarmos para o narrador, uma vez que ambas as histórias estão de seguida, sem nada a diferenciá-las sem ser o itálico, e, quando estamos concentrados a ler, nem sempre somos capazes de reparar nas diferenças.

Classificação: 3/5

1 comentário:

Maggie Books disse...

Oh... Fico mesmo triste que não tenhas gostado muito. Quando decidi que o queria ler, fui ao goodreads ver o que as pessoas que sigo acharam do livro, e também reparei que houve imensa gente a pensar o mesmo que tu :(
De qualquer forma, espero gostar muito do livro. Ainda tenho boas expectativas :o

Muitos beijinhos e boas leituras.

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